Os Evangélicos e a Revolução Moral Gay
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Dr. Albert Mohler é o presidente do Southern
Baptist Theological Seminary, pertencente à Convenção Batista do Sul dos
Estados Unidos; é pastor, professor, teólogo, autor e conferencista
internacional, reconhecido pela revista Times como um dos principais líderes
entre o povo evangélico norte-americano. É casado com Mary e tem dois filhos,
Katie e Christopher.
A igreja cristã tem
enfrentado muitos desafios na sua história de 2000 anos. Mas agora está
enfrentando um desafio que sacode seus alicerces: o homossexualismo.
Para muitos
observadores, isso parece estranho e até mesmo trágico. Por que os cristãos não
podem simplesmente unir-se à revolução?
E não se enganem, é
uma revolução moral. Como o filósofo Kwame Anthony Appiah da Universidade de
Princeton demonstrou em seu recente livro, "The Honor Code" (O Código
de Honra), as revoluções morais geralmente permanecem por longos períodos. Mas
isso é difícil de acontecer com o que temos testemunhado na questão do
homossexualismo.
Em menos de uma
simples geração, o homossexualismo passou de uma coisa que era quase
universalmente entendida como pecado, para outra que está sendo declarada
equivalente à moral da heterossexualidade — e merece tanto a proteção legal
quanto o encorajamento público. Theo Hobson, um teólogo britânico, argumenta
que isto não é exatamente o enfraquecimento de um tabu. Pelo contrário, é uma
inversão moral que acusa aqueles que defendem a antiga moralidade de nada menos
que "deficiência moral".
As igrejas e
denominações liberais facilmente escaparam dessa situação desagradável.
Simplesmente se acomodaram à nova realidade moral. Agora o padrão está
estabelecido. Essas igrejas discutem o assunto com os conservadores
argumentando que mantêm a antiga moral e os liberais defendendo que a igreja
deve se adaptar ao que é novo. Finalmente, os liberais ganharam e os
conservadores perderam. A seguir, a denominação consagra abertamente os
candidatos gays ou decide abençoar as uniões entre pessoas do mesmo sexo.
Esse é um caminho
pelo qual os cristãos evangélicos comprometidos com toda a autoridade da Bíblia
não podem tomar. Uma vez que cremos que a Bíblia é a palavra de Deus revelada,
não podemos nos acomodar com essa nova moralidade. Não podemos fazer de conta
que não sabemos o que a Bíblia ensina explicitamente, que todos os atos
homossexuais constituem pecado, o que acontece em todo o comportamento sexual
humano fora da aliança do casamento. Cremos que Deus revelou um padrão para a
sexualidade humana que além de apontar para o caminho da santidade, também
indica a verdadeira felicidade.
Portanto não podemos
aceitar os sedutores argumentos que as igrejas liberais adotaram tão
rapidamente. O fato de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo agora é uma
realidade legal em diversos estados significa que devemos futuramente estipular
que seguimos as Escrituras para definir o casamento como a união de um homem e
uma mulher — e nada mais.
Fazemos isso
sabedores de que antes, em nossa sociedade, muitos partilhavam das mesmas
pressuposições morais, mas agora um novo mundo está surgindo rapidamente. Não
precisamos ler as pesquisas e as avaliações, tudo o que temos de fazer é
conversar com os nossos vizinhos ou assistir a entrevistas culturais.
Nesta situação
cultural muito desagradável, os evangélicos devem se declarar dolorosamente
explícitos de que não falamos sobre o pecado da homossexualidade como se nós
não tivéssemos pecado. Na verdade, é exatamente porque nos reconhecemos
pecadores e sabemos da necessidade de um salvador é que viemos a crer em Jesus
Cristo. Nosso maior temor não é que a homossexualidade seja normatizada e
aceita, mas que os homossexuais não reconheçam sua própria necessidade de
Cristo e do perdão dos seus pecados.
Esta não é uma
preocupação que seja facilmente expressa aos poucos. É no que verdadeiramente
acreditamos.
Ficou abundantemente
esclarecido que os evangélicos falharam de tantas maneiras na solução deste
desafio. Temos com freqüência falado sobre a homossexualidade de maneira crua e
simplista. Falhamos em reconhecer que a sexualidade define claramente que somos
seres humanos. Falhamos em reconhecer o desafio da homossexualidade como
questão evangélica. Somos aqueles, afinal, que supomos saber que o Evangelho de
Jesus Cristo é o único remédio para o pecado, a começar do nosso próprio.
Minha esperança é que
os evangélicos estejam agora prontos para assumir este desafio de uma maneira
nova e significativa. Realmente não temos escolha, pois estamos falando de
nossos próprios irmãos e irmãs, nossos próprios amigos e vizinhos, ou talvez os
jovens nos bancos ao lado.
Não podemos escapar
do fato de que estamos vivendo no meio de uma revolução moral. Entretanto, não
é apenas o mundo que nos rodeia que está sendo testado, mas também a igreja
cristã. Precisamos descobrir quanto cremos no Evangelho que tão impetuosamente
pregamos.
Traduzido por: Yolanda
Mirdsa KrievinCopyright: © R. Albert Mohler Jr. ©2011 Editora Fiel
Traduzido do original em inglês: Evangelicals and the Gay moral
Revolution. Publicado originalmente no site: www.albertmohler.com
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