sábado, 20 de junho de 2015

A BÍBLIA E A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL




Há muito tenho visto debates acalorados entre favoráveis e contrários a redução da maioridade penal no meio cristão. Porém, até agora nunca vir nenhuma reflexão bíblica sobre o assunto. Noto que há mais um desejo de punir culpados entre defensores da redução, do que em defender penas que façam jus ao senso de justiça que Deus estabeleceu na terra. Por sua vez, entre os contrários a redução da maioridade penal parece haver uma total falta de reflexão sobre a responsabilidade humana referente aos seus atos. Vejo pastores contrários a redução. Mas que batizam crianças e adolescentes por achar que eles têm capacidade de crer no Evangelho. E consequentemente são responsáveis pelos seus atos. Nesse caso, observo uma completa falta de coerência. Já que a responsabilidade de crer em Cristo é ainda maior do que tornar-se um delinquente. Outros cristãos têm assumido os discursos dos chamados “direitos humanos” que isentam totalmente a responsabilidade humana por seus atos. A responsabilidade é sempre dos pais e da sociedade. E o menor constitui-se em uma vítima. Mesmo que ele tenha 17 anos e 364 dias. Dessa forma, tenho visto em nossa sociedade uma completa negação da responsabilidade humana e consequentemente a ideia de que o homem é intrinsecamente bom. E é apenas influenciado pelo meio onde vive. No sentido teológico percebo que isso tem uma mescla de pelagianismo, ao qual sustentava que os seres humanos podem ter uma vida sem pecado com seus “dons naturais” . Como cristãos bíblicos nós precisamos inferir que depois da queda o homem ficou depravado e já nasce pecador. É o que Davi, um pecador, afirma no Salmo 51.5 "Eu nasci na iniquidade, e em pecado me concebeu minha mãe." A vontade humana luta contra a de Deus. Pois “a mentalidade da carne é inimiga de Deus porque não se submete à Lei de Deus, nem pode fazê-lo. Quem é dominado pela carne não pode agradar a Deus” (Rm 8.7-8). Dessa forma, mesmo que um adolescente seja criado em um lar “perfeito”. Isso não garante que ele não será um drogado ou delinquente. A razão é porque existe pecado em todo ser humano. E constantemente esse vive em rebelião contra Deus. É certo que famílias desestruturadas produzirão em uma escala maior delinquentes juvenis. E que o caos instalado em nossa sociedade tem como base a desestrutura familiar. Entretanto, a razão da desestrutura familiar chama-se PECADO! E biblicamente o homem é responsável pessoalmente pelos seus atos: “Pois todos me pertencem. Tanto o pai como o filho me pertencem. Aquele que pecar é que morrerá” (Ez 18.4). Em Deuteronômio 21.18,21 temos a seguinte afirmativa: “Quando alguém tiver um filho contumaz e rebelde, que não obedecer à voz de seu pai e à voz de sua mãe, e, castigando-o eles, lhes não der ouvidos… Então todos os homens da sua cidade o apedrejarão, até que morra; e tirarás o mal do meio de ti, e todo o Israel ouvirá e temerá”. O termo hebraico para “filho” (ben) empregado aqui é indefinido. Ele é algumas vezes usado para filhos de ambos os sexos (Ex 21.5), contudo, era mais comum para os do sexo masculino, e esse é aparentemente o sentido neste texto. A palavra “filho” não possui nenhuma indicação de idade nesta passagem. Ela pode se referir a uma criança, adolescente ou a um jovem (cf Gn 38.11; 1Sm 1.20; 19.1; 1Rs 1.33). Esta passagem refere-se sem dúvida a um filho que está debaixo da tutela de seus pais. Possivelmente um adolescente ou no máximo um jovem. Que seus pais já não têm controle sobre a sua vida porque ele tornou-se “contumaz e obstinado”. O particípio ativo dessas palavras indica que essa é uma condição habitual dessa pessoa. O Rev. Willam Einwechter num artigo que escreveu com o título de “Apedrejando Crianças Desobedientes”, diz que a palavra “contumaz” “refere-se a alguém que é obstinado em sua resistência à autoridade. Ela é usada no Antigo Testamento para uma vaca selvagem e não domesticada (Os 4.6); para uma mulher imoral que não tem moderação e entregou-se à cobiça (Pv 7.11); e de Israel como um povo rebelde que não se submeterá à autoridade de Deus (Sl 78.8; Is 1.23). A palavra “rebelde” significa, literalmente, bater ou fustigar, e é usada daqueles que contendem contra a autoridade e recusam prestar atenção às suas palavras”. Nesse caso, a Bíblia prescrevia uma punição severa ao transgressor. Essa passagem, assim como as outras citadas sobre as ações pecaminosas do ser humano nos levam a crer que se fosse Deus o legislador da nação brasileira, a punição para crimes hediondos cometidos por menores seriam mais severa do que as que temos hoje em nossa legislação. Talvez não fosse a pena de morte como nos tempos da Lei. E nem uma cadeia com bandidos perigosos adultos. O que causaria mais estrago no comportamento de adolescentes infratores. Mas no mínimo, um maior tempo de internação para esses menores. Onde com certeza não ficaríamos aterrorizados com a constante sensação de impunidade. "Deus é o justo juiz! Deus que demonstra, a cada dia, seu extremo zelo. Caso o homem não se converta, Deus afiará sua espada; pois já armou seu arco… (Sl 7.11-12).
Por Francinaldo Viégas. Soli Deo Gloria

terça-feira, 30 de abril de 2013

EU TENHO VERGONHA DE SER BRASILEIRO



Contrário ao que pensa o nosso querido cantor João Alexandre, eu tenho vergonha de ser brasileiro.
Eu tenho vergonha de viver em um país onde a desigualdade social reina soberanamente.
Eu tenho vergonha de viver em um país onde a justiça não existe para os pobres.


Eu tenho vergonha de viver em um país onde um bandido bebe e mata pessoas inocentes e nada acontece.


Eu tenho vergonha de viver em um país onde menores matam, estupram e queimam pessoas e não são punidos pelos seus crimes.

Eu tenho vergonha de viver em um país onde os assuntos mais importantes são deixados de lado por causa de assuntos inferiores, como a lei da homofobia.
Eu tenho vergonha de viver em um país onde os ladrões fazem as leis (políticos).
Eu tenho vergonha de viver em um país onde aqueles que falam mal dos políticos e reclamam, é só porque não estão dentro do esquema.
Eu tenho vergonha de viver em um país de pessoas mal-educadas.

Eu tenho vergonha de viver em um país onde os profissionais mais importantes, são os menos valorizados. Trabalham em condições precárias e ganham baixos salários.


Eu tenho vergonha de viver em um país onde o estado gasta mais com presos do que agentes carcerários.


Eu tenho vergonha de viver em um país de pessoas hipócritas.

Eu tenho vergonha de viver em um país onde seus líderes divertem o povo para poder roubá-los.
Eu tenho vergonha de viver em um país onde somos obrigados a sermos roubados (votar).
Eu tenho vergonha de viver em um país onde a maioria das pessoas não sabem votar.
E finalmente! Eu tenho vergonha de viver em um país onde o político mais sério é um palhaço (Tiririca).
Me desculpe aquele que não concorda assim como eu do que acontece todos os momentos no Brasil. Continue lutando para mudar aquilo que estiver ao seu alcance. E lembre que nosso conforto deve estar nas promessas de Cristo de vivermos num país celestial, onde todas essas coisas não acontecerão. Não esqueça também que os países ricos do mundo, como é o caso da Suécia, é também o menos religioso. Quando o homem prospera e fica sem problemas, o resultado muitas vezes é o esquecimento de Deus.

Por Francinaldo Viégas

quarta-feira, 24 de abril de 2013

RESENHA: ADORAÇÃO BÍBLICA PARA O SÉCULO XXI



SHEDD, Russel P. Adoração Bíblica: os fundamentos da verdadeira adoração. 2° ed. São Paulo: Vida Nova, 2007, 208p.
O Dr. Russuel Shedd é pastor e conferencista internacional. E tem dedicado a sua vida com a educação teológica de ministros evangélicos principalmente do Brasil. Onde nesses anos pôde ser professor de Novo Testamento em várias escolas teológicas de São Paulo. É autor de inúmeras obras, entre elas, está: “A Oração e Preparo de Líderes Cristãos”, publicadas por Edições Vida Nova ou Shedd Publicações.
Este livro visa instrumentalizar as pessoas a serem verdadeiros adoradores, pois existe no presente século uma demanda muito grande de princípios errôneos sobre a “Adoração” almejada por Deus. Nesse sentido, Shedd faz uma tentativa didática e apologética com a intenção de destacar princípios bíblicos sólidos que o adorador poderá seguir.
A primeira preocupação do autor é definir e classificar a Adoração que Deus Almeja. Na tentativa de definir este ponto, ele afirma “... que adorar a Deus requer que aquele que se aproxima do SENHOR, para adorá-lo, guarde-se de uma vida pecaminosa, indiferente aos seus mandamentos, porquanto sua adoração será sem sentido; será uma falsa adoração, mesmo que os atos sejam completos” (SHEDD, 2007, p.10). Sendo assim, Deus só estará satisfeito com o culto dos verdadeiros adoradores.
O autor declara que a adoração exige a demonstração concreta nas práticas e ritos religiosos que a identifique nos seus contornos. Analisando as diversas formas de culto existentes hoje, Shedd argumenta que elas medem apenas o lado exterior dos adoradores, sendo que a atitude do coração é interior, onde muitas vezes fica escondida da própria percepção do adorador. Para ele, Deus está em busca da intenção do coração, mas do que com as formas de culto.
Embora não faça muita distinção entre adoração e culto, ele define a primeira baseado numa citação anônima feita por A. P. Gibbs como sendo “o transbordar de um coração grato, impulsionado pelo sentimento do favor divino” e o segundo como “... pôr os interesses em ordem bíblica as nossas prioridades” (SHEDD, 2007, p.18).
Em seguida destaca outro ponto importante, que é a essência do culto na Bíblia. Ele declara: “... Uma adoração, que se realiza sem o objetivo de expressar e aumentar nosso amor por aquele de quem, e por meio de quem e para quem são todas as coisas (Rm 11.36), falha completamente. Deixa de ser culto a Deus, pois carece da essência, que é o amor” (SHEDD, 2007, p.27).
Na tentativa de aprofundar a questão, o escritor destaca a importância de três aspectos para o culto verdadeiro: “Culto verdadeiro requer amor de todo o coração” (SHEDD, 2007, p.28). Nesse sentido ele destaca a importância da palavra hebraica (leb) “coração” que de certa forma representava o cerne do intelecto e espiritual. Em seguida ele diz que “o culto verdadeiro requer amor integral da mente” (SHEDD, 2007, p.32). E por último, ele declara que “o culto verdadeiro requer todo nosso esforço” (SHEDD, 2007, p.34). Isso implica que o adorador vai envolver-se com todas as suas forças de ação no processo de adoração.
Depois ele destaca os sentidos da adoração, e afirma que a adoração canaliza a experiência religiosa, promovendo-a tanto interna, quanto externamente. Para confirmar isso, Shedd diz que várias passagens da Bíblia proporcionam um conjunto da adoração interior. Na sua visão “Elas são marcadas pelo sentimento de amor e a busca de santidade. Outros textos... descrevem o culto oferecido a Deus através de atos externos. Eles destacam o serviço religioso. Há também outra porção de textos, que une a adoração exterior com a interior...” (2007, p.40).
Para o autor, a adoração assim como os esportes precisa de um preparo prévio. Ele comenta a situação dos adoradores atuais referindo-se a conhecer que Deus lhes tem como filhos, é mais importante do que qualquer auditório profissional. O culto, diz ele, não tem como propósito fundamental agradar aos participantes, mas direcioná-los a fazerem uma adoração plausível a Deus. Para ele, os adoradores só alcançarão o seu objetivo se estiverem conscientes desse fator.
Para o escritor, mesmo que o Novo Testemento não possua normas claras sobre o culto almejado por Deus é importante examinar os princípios deixados pelos apóstolos. Por isso, ele destaca Atos 42.42 como sendo um versículo que oferece um esboço do que era composto o culto da igreja primitiva. Ele declara que a “Adoração, para manter o padrão apostólico, deve se aprimorar no ensino, comunhão, celebração da ceia e oração” (SHEDD, 2007, p.84).
A adoração oferecida da forma correta a Deus, pelo Espírito terá efeitos que beneficiarão ao adorador. O primeiro efeito destacado por ele é a segurança pessoal; o segundo é a comunhão recíproca na família de Deus, e o terceiro efeito é a busca pela santificação, onde nos momentos de falhas as pessoas sentem-se incomodadas.[1]
Em seguida ele acrescenta alguns exemplos de adoração. Para isso, ele usa os próprios exemplos bíblicos, começando pelas palavras encontradas no salmo 96. Esse salmo é dividido por ele em duas partes principais: O convite que o salmista faz para a adoração, e a forma como se deve adorar. Logo depois, ele usa grandes personagens bíblicos como Enoque e a sua forma peculiar de andar com Deus (Gn 5.22-24), Jacó em sua luta com um homem divino, e a sua busca por uma bênção. Outros citados também por ele foi Moisés, Isaías, Maria e sua atitude de ungir os pés de Jesus.
No entanto, para Shedd a adoração pode enfrentar obstáculos de atitudes que não condizem com que Deus realmente quer. Um exemplo disso está na atitude de Caim ao apresentar sua oferta a Deus (Gn 4.5). O fato de Deus não ter aceitado a sua oferta é porque ele não se encontrava na condição requerida a um adorador.
Na prática afirma ele, existem vários fatores causadores de obstáculos para uma adoração em espírito e em verdade. Uma delas são práticas exteriores de cada indivíduo misturada com o seu tradicionalismo. Outro destaque feito é o mais conhecido de todos: o pecado não confessado. Para ele apenas reconhecer o pecado não terá nenhum valor se ao mesmo tempo não for confessado.
No último capítulo do seu livro, Shedd faz um contraste da adoração da igreja com a adoração do Antigo Testamento. A nova visão que Cristo teve das práticas judaicas acabou por separar a igreja neotestamentária da religião judaica acrescenta ele. Embora isso tenha acontecido, é importante destacar que esse rompimento deu-se mais em aspectos exteriores como sacrifícios, o templo e o sacerdócio. Pois o mesmo ideal de adoração continuou a ser buscado. E homens como Abel, Noé, Abraão que representavam o ideal de Deus na adoração continuaram sendo vistos como exemplos da adoração verdadeira.
Essas figuras exteriores antes requeridas por Deus passaram a ser algo interior no coração do homem. Um grande exemplo disso é a nova forma que a igreja deu ao templo. Ele passou a ser agora o próprio homem, ao invés de ser um espaço físico destinado ao culto. Dessa forma os crentes passaram a ser seus próprios sacerdotes, algo totalmente diferente da Antiga Aliança. Esse fator passou a ser tão importante para os adoradores, que tornou-se um elemento fundamental na adoração prática dos verdadeiros adoradores.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esta obra apresenta-se muito bem sistematizada em capítulos e tópicos, facilitando assim a compreensão do seu conteúdo. Outro aspecto de apresentação relevante é o fato de conter um grande número de citações bíblicas e comentários de textos em grego, porque isso acaba por deixar ainda mais claro o conteúdo da sua obra.
Todavia, é limitada no que concerne um registro mais aprofundado dos problemas que atingem a igreja brasileira acerca da adoração. Faltou mostrar onde a igreja poderá chegar se não despertar para o que Deus realmente quer; e por último uma conclusão consistente sobre os assuntos discutidos.
Algo muito importante que faltou ser discutido é “qual o propósito das coisas que acontecem no culto”. Leila Gusmão e Westh Ney tratando sobre o culto cristão discutem muito bem esse assunto, quando destacam em um capítulo o tópico “Celebrando a Deus com Canções”. Eles começam destacando logo no início do capítulo um ponto com o seguinte tema: “Porque Cantar?”[2]  Da mesma forma acredita-se que seria importante ser destacado nesta obra o porquê de tantas expressões de adoração.
No entanto, esta obra não perde o seu valor com estas pequenas reflexões críticas. Por isso, recomenda-se ela para a academia teológica com fins de preparar ministros, para que levem as suas igrejas a uma “adoração puramente bíblica”. Os aspectos didáticos e objetivos com certeza enriquecerão os ambientes acadêmicos, dando uma visão conservadora sobre a adoração que Deus almeja no culto prestado a Ele.



[1] SHEDD destaca ainda mais três efeitos da adoração, que são: Visão transformada, onde a sua mente começa a ver as coisas segundo a visão divina. O outro efeito é a evangelização e o último a preocupação com a alegria de Deus.
[2] SANTOS, Leila Cristina Gusmão dos Luz e Westh Ney Rodrigues. Culto Cristão: contemplação e comunhão. Rio de Janeiro: JUERP, 2003, 207p.

quinta-feira, 21 de março de 2013

UMA QUESTÃO DE VIDA OU MORTE




TEXTO: MARCOS 16.16
16 Aquele que crer e for batizado será salvo. Todavia, quem não crer será condenado!
INTRODUÇÃO:
1. No Brasil existe uma variedade de opção para diversos produtos. Se você vai comprar um carro existe opção desde os tops de linha até os populares.
2. Nas motos é a mesma coisa; concorrência desde qualidade, até um preço mais em conta como costumamos dizer.
3. Nas bicicletas temos visto muita concorrência. E a antiga superioridade da monark já era.
4. A concorrência é tão grande em nossos dias que existe concorrência até mesmo na quantidade de membros que uma denominação tem, e a outra não.
5. Essa acirrada concorrência nesse setor tem a cada dia crescido. Enquanto que novas opções de “igrejas sensíveis aos interessados têm surgido”.
6. Eu tenho lá as minhas dúvidas quanto a essas questões. Mas uma coisa que eu nunca tenho o direito de ter dúvida é que: Receber o evangelho não é mais uma opção, mas uma questão de vida ou morte.
7. Não é uma opção entre uma marca boa e outra marca boa. É a escolha entre uma eternidade de alegria, e uma eternidade de sofrimento. Existe um desequilíbrio de resultado muito grande entre essas duas escolhas. Receber o evangelho não é uma opção, mas uma questão de vida ou morte.
A QUESTÃO DE VIDA (v.16a).
 “Aquele que crer e for batizado será salvo”.
1.  Que crer. Na literatura clássica pistis era a confiança que um homem podia ter nas pessoas ou nos deuses. Com referência a pessoas essa palavra também significa obedecer.
2. Pistis: como fé em Deus representava a convicção teórica. Enfatizava que a crença era constituída de acordo com esta interpretação.
3. Existia outra palavra que expressava o ato de fé: sustentar, achar, acreditar que. No entanto, pistis era a palavra principal para representar o ato de crer de um indivíduo.
4. Será livre, será salvo. “Salvar, conservar do mal”. O sentido primário que esse verbo expressa é o de livrar de algum perigo que ameaça a vida. Nesse caso o maior perigo que ameaça a vida humana é a condenação eterna.
5. Crer no evangelho é selar uma eternidade de benefícios eternos. Mostradas a nós através de vários textos bíblicos:
6. Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor" (Colossenses 1.13). "E nos constituiu reino, sacerdotes para o seu Deus e Pai”.
7. “Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.” (Tt 2.11)
8. “Ele o fez a fim de que, justificados por sua graça, nos tornemos seus herdeiros, tendo a esperança da vida eterna”. (Tt 3.7) “Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criação.” (2Co 5.17)
9. “Darei a vocês um coração novo e porei um espírito novo em vocês; tirarei de vocês o coração de pedra e lhes darei um coração de carne. Porei o meu Espírito em vocês e os levarei a agirem segundo os meus decretos e a obedecerem fielmente às minhas leis.” (Ez 36.26-27)
10. “Entretanto, vocês não estão sob o domínio da carne, mas do Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vocês...” (Rm 8:9)
11. “Arrependam-se e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.” (At 2.38).
“Quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o evangelho que os salvou, vocês foram selados em Cristo com o Espírito Santo da promessa, que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que pertencem a Deus”. (Ef 1.13-14). “E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos”. (Mt 28.20). “o sangue de Jesus, seu Filho, nos purifica de todo pecado”. (1Jo 1.7)
12. “pois o Cordeiro que está no centro do trono será o seu Pastor; Ele os conduzirá às fontes das águas da vida, e Deus lhes enxugará dos olhos toda lágrima”. (Ap 7.17).
13. “Ele lhes enxugará dos olhos toda a lágrima; não haverá mais morte, nem pranto, nem lamento, nem dor, porquanto a antiga ordem está encerrada!” (Ap 21.4).
14. Esses são os benefícios de um crer genuíno! Não um crer de acreditar em fatos históricos sobre o cristianismo.
A QUESTÃO DE MORTE (v.16b).
1. Em apocalipse 21.8 temos uma declaração que define muito bem a questão de morte, a qual estamos nos referindo;“quanto aos covardes, os incrédulos, os depravados, os assassinos, os adúlteros, os feiticeiros, os idólatras e todos os mentirosos, a parte que lhes cabe será no lago de fogo, que arde perpetuamente em meio ao enxofre”. ( Ap 21.8).“Todavia, quem não crer será condenado”. Você pode até crer de forma intelectual, ou mesmo de forma puramente religiosa. Como alguns têm feito principalmente nesse período de festa que estamos passando.
2. Pessoas que passam o ano na mais alta depravação de pecado, mas que acham na sexta feira da paixão um bom dia para demonstrar sua crença com auto-flagelação.
3. Essa além de ser uma prática ridícula, não reflete o pensamento de crença bíblico.
5. “Quem porém não crer será condenado”, é uma declaração assustadora. Que transmite uma sentença irrevogável sobre o estado eterno da sua alma no inferno.
6. Em outras palavras, Jesus está dizendo que se você não viver de acordo com as condições de crenças impostas por Ele. Condições essas que são: “Crer que Jesus Cristo morreu na cruz do calvário e ressuscitou ao terceiro dia para lavar-nos dos nossos pecados, e se arrepender dos seus pecados”.
7. Não aceitar isso, não é como escolher entre um carro e outro, entre um sofá, entre uma máquina de lavar, entre uma geladeira, ou até mesmo se você irá ter um filho agora ou não.
8. Não crer nisso significa que o seu destino está selado numa eternidade de sofrimento! Não é uma simples opção! É uma questão de vida ou morte. Crer, ou não crer no evangelho tem implicações serias sobre a sua eternidade, no céu, ou no inferno. E você precisa entender isso.
CONCLUSÃO:
1. Você não tem uma simples opção de estar aqui como um curioso, de viver na igreja como um religioso, de viver sem Cristo esperando outra oportunidade.
2. A salvação não é um item opcional!

SALVAÇÃO PELA GRAÇA



TEXTO: EFÉSIOS 2.8-10
INTRODUÇÃO:
1. Em uma nota de rodapé do livro “Deus é Soberano”. Arthur Pink autor do livro disse que um estimado amigo seu que leu os manuscritos do livro, observou que a graça divina é bem mais do que favor não-merecido.
2. Ele afirmou: “Dar comida a um mendigo que bate a minha porta é um favor não-merecido, mas está longe de ser graça”.
3. Suponha-se, porém, que eu alimentasse esse mendigo faminto depois de ter sido assaltado por ele – isto seria “graça”.
4. Pink conclui que a graça, é um favor demonstrado quando, na realidade, há demérito da parte de quem a recebe.
5. A graça em termos práticos é semelhante à história de um mártir holandês que escapava de seus perseguidores.
6. E quando estava atravessando um rio cuja superfície estava coberta de gelo e, quando chegou ao outro lado, seu perseguidor, que era mais pesado e que vinha alguns metros atrás, se afundou e estava prestes a morrer.
7. O cristão voltou e conseguiu salvar-lhe a vida. O perseguidor agarrou seu salvador e o levou para ser executado.
8. Este é um fiel quadro do que é graça. Principalmente porque esta história tem o poder de nos levar para cruz, onde há graça superabundante.
9. A salvação foi uma dádiva da graça de Deus, e não dependeu das boas ações humanas.  De modo que o cristão deve a sua salvação unicamente a um ato da graça divina.
A GRAÇA É O MOTIVO DA SALVAÇÃO (v.8a)
“pela graça sois salvos”,
1. Ao começar este capítulo, Paulo já descarta qualquer possibilidade do homem ser salvo pelos seus méritos.
2. Ele inicia dizendo que os Efésios estavam mortos nos seus “delitos e pecados”. Essa era a condição de cada um ao nascer. E mais ainda! No verso 2 ele afirma expressamente que os efésios andavam nessa condição “delitos”.
3. No mesmo verso Paulo destaca que essa corrupção acontece devido à ação que o diabo exerce sobre nós.
4. No verso 3 Paulo assevera que naturalmente, quer judeus quer gentios são filhos da ira de Deus. Ira se refere ao juízo de Deus, os filhos da ira são aqueles estão condenados.
5. E no verso 4 ele afirma que “Deus sendo rico em misericórdia”. A misericórdia de Deus é a dádiva dispensada sobre os angustiados. Nesse caso Paulo antes de concluir que a graça é o motivo da salvação, deixe entender que além do pecado deixar o homem morto, o deixa também em total aflição.
6. E com isso, Paulo conclui que definitivamente, nenhum sentimento ou esforço da parte de qualquer ser humano tem valor ou capacidade para influir em sua salvação pessoal.
7. E agora no verso 8, ele descreve seu argumento mais pesado sobre o assunto: “Tn Xáriti”: “Pela” se refere a graça mencionada anteriormente: graça, graciosidade, amabilidade, favor. Essa palavra aparece 155 vezes no NT, das quais 100 em Paulo.
8. Para Paulo a graça é a essência do ato salvifico de Deus mediante Jesus Cristo, que ocorreu em sua morte sacrificial.
9. O emprego que Paulo faz em suas epístolas da palavra “Graça” no início e no fim é mais do que uma expressão cortês. Não é um desejo de boa vontade, mas a Graça de Cristo que conduz a vida.
10. O motivo da salvação é a graça porque o homem não tem condições de ser salvo. A salvação é simplesmente uma dádiva (dom) de Deus. Com isso, Deus declara que não nos deve absolutamente nada.
11. De modo que a salvação não é uma recompensa, mas simplesmente um ato da livre graça de Deus.
12. Desse modo não podemos crer que a escolha Soberana de Deus se resuma num olhar futuro para a vida do pecador. E pronto! Resolvido!
13. Ficamos com a Bíblia e o famoso teólogo Arthur Pink que assevera que “se a graça não se ganha nem se merece, ninguém tem direito a ela. Se a graça é dádiva ninguém pode exigi-la. Visto que a salvação é pela graça, Deus tem o direito de concedê-la a quem ele quiser”.
14. E isso que significa que até mesmo o pior dos pecadores não está fora do alcance da graça de divina.
15. A graça de Deus outorgada por intermédio de Cristo é a razão da salvação. Mas só conseguiremos entender a profundidade da graça de Deus, quando olhamos para o nosso íntimo.
16. A outra palavra gostaríamos de analisar com vocês esta noite é a palavra sõzõ: salvar, conservar do mal, preservar, socorrer. O verbo salvar, assim como o substantivo denota o salvamento e a libertação no sentido de evitar algum perigo que ameaça a vida.
17. O salvamento para os gregos através da palavra “sõzõ”, era o salvamento pelos deuses do panteão grego.
18. Paulo faz uso dessa palavra para dizer que o Deus do céu efetuou o salvamento e a libertação evitando o perigo que ameaça a vida que o pecado trás aos seres humanos.
18. Já o tempo do verbo “Part. perf”. Também é importante para nós. Pois, diferente de uma ação simples o perfeito de uma ação expressa os efeitos de uma ação passada e ainda continuam a existir de uma maneira real.
19. Uma ação de salvação completa por parte de Deus. E isso nos dá a segurança de que pela graça, em Cristo fomos feitos filhos do grande Rei.
A FÉ EM CRISTO É O MEIO DA SALVAÇÃO (v.8b)
“por meio da fé”,
1. O Teólogo Anthony Hoekema diz que: “Fé no Novo Testamento envolve a aceitação do corpo de verdades na base do testemunho dos apóstolos ou de outros que transmitiram esse testemunho, e a fé pessoal em Jesus como Salvador”.
2. Paulo combatia o conceito rabínico de fé como obra meritória. Ele destaca que somos salvos unicamente pela fé independentemente de obras da lei (Rm 3.28).
3. Dià Pistews: “por meio da fé”. A prep. Indica o canal através do qual vem a salvação.
4. Jesus é o único que pode através do seu sangue derramado nos purificar os pecados. Essa é a razão porque ele é o único meio pelo qual Deus executa sua salvação.
5. Se tivessem outros meios, como obras de justiça do homem. Com certeza Deus não teria permitido com que seu Filho padecesse naquela cruz.
6. Quando Cristo estava pendurado na cruz, Deus não estava fazendo isso como um namorado romântico que quer impressionar sua namorada.
7. Cristo foi pendurado naquela rude cruz, porque esse era, e é, a única solução para você ser salvo da condenação do inferno.
8. E a fé nesse ato glorioso é a única forma de nos tornarmos participantes da salvação divina.
9. Em outras passagens bíblicas é declarado, que Cristo é a porta, é o cabeça, é o noivo. Tudo isso com o propósito de indicar que temos a necessidade de fazermos parte do seu corpo.
10. E a fé é nEle é o único meio pelo qual isso pode acontecer. A salvação é uma:
DÁDIVA DIVINA (v.8c)
“e isto não vem de vós, é dom de Deus”;
1. Existe discordâncias quanto a interpretação da prep. “e” e do pronome “isto”. A pergunta é a quem “e isto” se refere. Alguns dizem que se refere à fé. No entanto, existe problemas quanto a essa interpretação devido ao fato de “touto” ser neutro e “fé” “pistis” ser feminina.
2. Kai touto é uma expressão enfática adverbial que realça a força da clausula precedente. Podendo ser traduzida como “e isso, preste atenção”.
3. O que Paulo tencionava dizer é que a salvação é pela graça mediante fé (e isso salvação pela graça mediante a fé) não é uma obra humana, mas um dom de Deus. Nesse caso a fé é incluída como sendo um dom de Deus.
4. A palavra Dõron: Dádiva, dom, presente. Na literatura extra-bíblica “dom” significa um presente de cortesia.
5. Em Hebreus 12.2 o autor afirma que Jesus é o Autor e Consumador da Fé. A palavra traduzida como “Autor” é archergon que significa Originador ou Fundador”.
6. Neste caso mais uma vez Paulo é enfático quanto à salvação humana. Seus argumentos todos são traçados baseados na pessoa divina que outorgou a salvação aos seres humanos.
7. Tem pessoas que não gostam muito dessa doutrina porque a princípio ela humilha os homens, ela destrói toda a pré-potência que existe no coração humano.
8. Mas quando você olha a salvação como um presente de Deus, existirá mais certeza em seu coração.
9. Porque ela é um presente que não depende de você merecer ou não. Mas unicamente de Deus. A salvação é unicamente pela graça, por isso:
NÃO DEPENDE DE BOAS AÇÕES HUMANAS (v.9-10).
1. A única coisa que o homem poderia fazer está descartado! Nenhuma pessoa humana pode merecer a salvação mediante bom comportamento ou a “observância da Lei”.
2. Essa forma legalista de compreender a salvação, ou mesmo o processo de santificação (separação das garras ideológicas do sistema mundial para uma vida de acordo com a direção do Espírito Santo), é sistematicamente condenada nas Escrituras (Rm 3.20,28).
3. Portanto, ninguém pode se orgulhar da salvação como se houvesse conquistado uma medalha de honra ao mérito ou sido aprovado em um exame.
4. O ser humano somente é capaz de realizar “boas obras” de acordo com a perspectiva de Deus e real valor celestial depois de ser transformado em “nova criação” (a expressão grega original tem o sentido de “uma nova obra de arte”), por meio do Espírito Santo de Cristo.
5. As Escrituras conferem toda a glória a Deus por haver planejado o ser humano e seu desenvolvimento santo em sociedade.
CONCLUSÃO:
1. Há algum tempo os fabricantes de gás perplexos, sem saber o que fazer com o resíduo de alcatrão em seus depósitos.
2. Até então, não se conhecia substância mais inútil e repugnante, mas a química veio com seu poder transformador e agora existem mais de trinta e seis artigos vendáveis que se obtêm dessa substância negra, suja e viscosa, como por exemplo, óleos, sais, corantes e perfumes.
3. Você come um doce gostoso então sabe que aquele gostoso e delicioso doce provém do alcatrão. Você compra em uma perfumaria um vidro de água de rosas, nem imagina que ao invés de aquela fragrância vir da França, vem da retorta suja do gás.
4. A graça de Deus é uma química moral, que transforma os pecadores mais sujos em aroma suave da glória de Deus.
5. A graça de Deus é uma química moral, que transforma os mais inúteis dos pecadores no bom gosto do evangelho.
6. A graça de Deus é uma química moral, que transforma os mais sombrios dos pecadores, em mais alvos do que a neve.

A ESSÊNCIA DA FÉ CRISTÃ



TEXTO: HEBREUS 11
INTRODUÇÃO:
1. Durante aproximadamente mil e duzentos anos (entre o ano 400 e 1600 d.C.), esse verdadeiro tratado teológico aos hebreus (judeus) foi chamado de “Epístola de Paulo aos Hebreus”, muito embora a igreja primitiva nunca houvesse lhe atribuído tal autoria. Orígenes, um dos pais da igreja do terceiro século costumava dizer: “somente Deus sabe quem escreveu Hebreus”.
2. Com a Reforma, com análises exegéticas mais aprofundadas começaram a ser implementadas; e com as grandiosas descobertas bíblico-arqueológicas, ocorridas especialmente nos séculos XIX e XX, concordou-se entre os biblistas de todo o mundo que o mais correto seria manter o mistério da autoria de hebreus.
3. Desde a igreja primitiva, e na época dos pais da igreja, já havia uma inquietação em relação a esse assunto. Tertuliano, por volta do ano 200 d.C., chega a se referir a esse livro como “uma epístola aos hebreus com o nome de Barnabé”.
4. Já na Reforma, foi Martinho Lutero que ao dedicar-se à exegese dos manuscritos gregos que dispunha, sugeriu a autoria de Apolo.
5. Esses autores propostos são, de fato, grandes possibilidades, além de Silas, Clemente de Roma e o casal Áquila e Priscila. Essa é uma coisa muito difícil para entendermos, mas o propósito do livro é muito claro.
6. E o seu tema central é a supremacia e suficiência de Cristo, completando e ultrapassando em muito a revelação preliminar e limitada concedida aos homens por meio do Antigo Testamento. E dEle depende a nossa fé.
7. Fé é a certeza de que receberemos aquilo que esperamos, embora não possamos ver. A fé nem sempre receberá a sua recompensa neste mundo. Isso é facilmente visto em seu:
CONCEITO (v.1-3).
1. A expressão grega original hupostasis significa um tipo de “certeza concreta”, uma “confiança sem espaço para dúvida”.
2. A palavra tem uma série de conotações e usos: essência, substância ou fundamento, garantia, atestação, documentos que atestam ou dão evidência de propriedade.
3. A fé é como uma “declaração escrita e oficial” em relação às promessas de Deus, das quais a vida e obra de Jesus Cristo, o Messias, é a maior e melhor.
4. A fé substancia a realidade de Deus. Por mais que a humanidade avance nas ciências, a melhor resposta para a criação do Universo e o cotidiano de cada um de nós provém da fé que possuímos em Deus. A fé em Deus não pode dar espaço à incredulidade, pois ela:
NÃO PODE AGRADAR A DEUS (v.6).
1. Perguntaram certa vez para uma ex-primeira ministra de Israel se ela cria em Deus: ela respondeu “os judeus crêem em Deus, e eu creio nos judeus”.
2. Isso denomina-se fé na fé, e não fé em um Soberano Senhor do Universo que recompensa aqueles que possuem fé genuína nEle.
3. A fé que agrada a Deus é a fé em sua pessoa, santa e suprema. A fé em qualquer ser ou objeto é apenas uma expressão de força de vontade humana ou uma inocente crendice.
4. O autor explica o motivo porque sem fé é impossível agradar a Deus. A razão é porque existe a necessidade daquele que se aproxima creia que Deus é (real), e (recompensa) aquele que têm fé na sua Pessoa.
5. A palavra que Ele é “Necessário”: se refere à fala de uma necessidade lógica e imperativa.
6. Para o autor Sagrado é lógico para aquele que se aproxima de Deus crer que Ele existe e recompensa aqueles que o buscam.
7. Isso é expressado através da palavra “buscar, procurar”: ekzêtéõ: com a prep. Prefixada parece sempre denotar que a pessoa que procura “acha”, ou, pelo menos, esgota todas as suas forças e poderes de investigação. A Fé nem sempre verá:
A CONCRETIZAÇÃO DAQUILO QUE ESPERA (v.13-14,16,26, 39-40).
1. O que destaca todos esses heróis citados foi o ato de fé de cada um, alguns creram e receberam a recompensa almejada. Outros apenas em parte.
2. No entanto, todos tiveram algo em comum, morreram sem alcançar as promessas de uma morada eterna na presença de Deus.
3. Todos tinham algo em comum, morreram crendo que aquilo que Deus promete aos crêem em seu Nome não está limitado a esta breve vida.
4. As promessas de Deus adquiridas por nós através da fé são eternas, mesmo que elas não se cumpram nesta vida.
5. O (v.13) afirma que “Eles saudaram-nas de longe, como as pessoas a bordo de um navio contemplam os amigos em terra e tentam reconhecê-los, ou eles saúdam o cumprimento que ainda está longe como um peregrino que vê sua cidade natal surgindo na linha do horizonte.
6. Peregrinos: era usada a LXX e nos papiros para denotar as pessoas que se estabeleciam em um local específico apenas por pouco tempo.
7. Por meio de sua fé eles não morreram pra Deus e são renovados e vivem eternamente (Mc12.26,27).
8. Nem todos os heróis da fé experimentaram completo triunfo de suas ações em vida. Contudo, absolutamente todos receberam a bênção e o galardão divino, e ouvirão da boca do Senhor, juntamente com muitos cristãos: “As boas vindas ao Reino eterno de Deus” (Mt 25.21).
9. O grande e pleno cumprimento das promessas de Deus, tanto para os antigos heróis da fé, quanto para nós, encontra-se na pessoa e obra de Jesus Cristo, que é a “ressurreição e a vida” (Jo 11.25,26). A fé verdadeira:
ENCORAJA (v.34).
1. O autor de Hebreus tem em mente todos os grandes heróis da fé, e muitos outros homens e mulheres de Deus, porém se vê limitado ao tempo e espaço para comentar sobre todos neste livro.
2. Mesmo assim, cita resumidamente: Daniel (Dn 6.22), Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, Elias (1Rs 19); Eliseu (2Rs 6.31), Jeremias (Jr 36.19,26); Gideão (Jz 6.15); Jônatas, e tantos outros (1Sm 14.6).
3. Referência à mulher de Serepta (1Rs 17.17-24), ao ocorrido com a mulher sunamita (2Rs 4.8-36) e aos muitos servos de Deus que não se sujeitaram às pressões de reis, governantes arbitrários, exércitos e do próprio sistema mundial; mas preferiram entregar suas vidas aos torturadores e à morte, a fim de herdarem dignamente a vida eterna e as recompensas celestiais.
4. A expressão grega original, aqui traduzida por “martirizados”, significa literalmente “esticados e açoitados até a morte”.
F.T. A fé verdadeira:
NÃO GARANTE UMA VIDA TRANQUILA NESTE MUNDO (v.36-38).
1. Uma das frases mais desencorajadoras é a que em meio ao sofrimento, você ouve de alguém: “as coisas são assim mesmo, ou se contente com isso, pois tem gente que não tem nem isso”.
2. Pra quem quer encorajar alguém, eu não acho muito bom você começar assim. Mas, é exatamente isso que a Bíblia fala aqui acerca da fé.
3. Vocês estão sofrendo? A fé é exatamente isso! Vocês estão sendo perseguidos? A fé não garante a ausência de sofrimento, e olhem outros que depositaram a fé em Deus sofreram também, e talvez tiveram um sofrimento maior que o de vocês.
4. Homens de Deus como Zacarias, filho do sacerdote Joiada, e Isaías (serrado ao meio por ordem de Manassés, segundo a tradição histórica), que foram mortos por declararem a verdade. No século II a.C., a maioria dos macabeus deram suas vidas por causa de Deus.
5. Moisés é considerado um dos maiores líderes de todos os tempos por sua perseverança em guiar seu povo através do deserto, por 40 anos, sem tirar os olhos da fé de Cristo (o Messias). Ele pôde ver o invisível, e permaneceu fiel ao Senhor (At 7.30).
6. Deus mandou que Moisés transferisse a liderança do povo de Israel para o jovem Josué, homem de fé, cujo primeiro grande desafio, a conquista da terra prometida, foi vencido exclusivamente pelo poder da fé no Senhor, sem uma única batalha (Js 6).
7. Raabe, mesmo após haver abraçado a fé em Deus, continuou a carregar o estigma de ter sido prostituta (Js 2.8-11; 6.22-25). Entretanto, sua vida deve ser vista como um exemplo da grandiosidade da graça do Senhor, capaz de redimir absolutamente qualquer pecador, e elevá-lo à dignidade eterna (Tg 2.25).
8. Raabe, crente no Senhor, casou-se com Salmom e foi mãe de Boaz, ancestral de Davi, que é incluído na genealogia de Jesus Cristo (Mt 1.5).
CONCLUSÃO:
1. Perguntaram a um certo viajante admiráveis certos edifícios. Ele respondeu que não, pois acabava de chegar de Roma, onde tinha visto muitas construções melhores.
2. Dessa mesma forma o crente em Cristo quando tentado com os panoramas do mundo deveria desprezá-los já que, por meio da contemplação, você tem estado no céu e pode, pela fé, ver as coisas melhores a cada instante do dia. “Esta é a vitória que vence o mundo, a nossa fé” (1João 4.4).
3. O autor de Hebreus inspirado por Deus escreveu tudo isso, para dizer aqueles irmãos sofridos, que quem possui fé na Pessoa de Cristo passará por momentos difíceis.
4. Ele escreveu para dizer-nos que a fé em Cristo, não nos deixa isentos de sofrimentos neste mundo.
5. A grande prova disso foram os grandes exemplos do passado dos grandes homens de Deus.
6. Mas, o fator fé opera um grande milagre aqui neste mundo. A fé nos garante desde já o passaporte para as delícias eternas, de um reino eterno, e cheio de alegria.

A ERA DOS CÂNTICOS DE LOUVOR



Colossenses 3.16 “Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão em vossos corações.
Este versículo requer uma variedade de formas musicais. No uso antigo do termo psalmos: o salmo era um hino, e um hino, um cântico. Apesar disso havia uma distinção entre eles. Um salmo era uma música sagrada. O termo era usado para denominar as músicas do Antigo Testamento, assim como as músicas cristãs (1Co 14.26). Um hino era uma canção de louvor, uma exaltação religiosa. E o cântico poderia ser uma música tanto secular quanto sagrada. Por isso, o apóstolo destaca “cânticos espirituais”.
No final do século XX outra grande mudança ocorreu na história da música protestante. As canções gospel deram lugar a uma nova forma de música – os cânticos de louvor; que consistem de versos expressivos colocados em músicas envolventes, geralmente mais curtos que canções gospel e com menos estrofes. Em geral os cânticos de louvor, assim como os hinos, são músicas de louvor dirigidas diretamente a Deus. Esta medida recente, representa um retorno a adoração pura em vez de testemunhos e evangelismo.
Apesar disso, os cânticos diferentemente dos hinos não tem propósito didático. Cânticos de louvor devem ser cantados como uma simples expressão de louvor pessoal, enquanto os hinos são expressão congregacional de adoração, com ênfase em alguma verdade doutrinária.
Freqüentemente um hino tem várias estrofes, cada uma expandindo ou desenvolvendo o tema introduzido na primeira estrofe. Um cântico de louvor, em contraste, é mais curto, com uma ou duas estrofes, e a maior parte destes cânticos fazem uso deliberado da repetição, a fim de prolongar o foco em uma única ideia ou expressão de louvor. Essas diferenças não são absolutas. “Alguns” cânticos de louvor contêm verdades doutrinárias, e alguns hinos são maravilhosas expressões de louvor pessoal.
Tanto o louvor pessoal dos nossos dias, quanto os motivos evangelísticos e testemunhal das canções gospel do passado estão corretos. No entanto, em alguns lugares somente os cânticos são usados. Outras congregações limitam seu repertório as canções gospel de cem anos atrás. Enquanto isso, os hinos correm o risco de desaparecer diante dessa negligência.
De acordo com o texto que lemos, a função da música é também a instrução e o aconselhamento mútuo. O problema é que pouco se ver isso nas músicas de louvor atuais. Boa parte dos cânticos atuais são cantados com uma mantra mística. Com o propósito de colocar o intelecto num estado de passividade, enquanto o adorador reúne o máximo de emoção possível. A repetição é colocada propositalmente, com este propósito em muitos cânticos de louvor. O ministério Vineyard foi construído sobre este princípio. E as igrejas ao redor do mundo tem adotado esse modelo.
Queiramos, ou não, os compositores atuais são professores. E logo suas composições estarão na mente das pessoas, mais do que um sermão. O problema é: quantos desses compositores são habilitados nas escrituras e teologia, de modo que desempenhem um papel vital de doutrinamento do nosso povo?
Embora existam variada preferência e opiniões pessoais, a filosofia da música que cantamos precisa ter a sua base fundamentada na Bíblia. Pois existem várias músicas hoje, que podem até não ser uma heresia, mas também não dizem nada sobre Deus.